quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Release do Wpanel CMS 3.1.0

Olá a todos, liberei hoje (14/09/2016) um release do Wpanel CMS versão 3.1.0. A maior mudança neste release foi a atualização do framework CodeIgniter para a versão 3.2.0, e aproveitei para colocar em dia algumas outras pendências no projeto.

Para as próximas versões estou planejando grandes mudanças, principalmente no ACL do projeto para melhorar o gerenciamento de permissões entre os usuários administradores. Isto é necessário por que pretendo deixar uma área de usuários pré montada para os projetos que a gente precisa dfazer uma área para o usuário mas não administradores.

Também dei uma modificada no layout do tema default do projeto para te ajudar a implementar seu próprio template.

Outra novidade que provavelmente sairá nas próximas semanas vai ser a inclusão da documentação (mesmo que básica) do projeto, estou devendo isso a tempos, mas com tanta coisa aconteçendo e programando praticamente sozinho, fica difícil de fazer tudo rápido, mas eu ainda não desisti :)

Notas desta versão:

  • Small changes into default migration file;
  • Changes in /app/models/Configuracao.php, now I did not save the JSON data in the session;
  • Small thanges in the default theme, including a new background image;
  • A base to a custom page included;
  • Link name of Post/Page changed to avoid name conflicts;
  • Favicon included;
  • Minor bug fixes;
  • Readme.md updates;
  • Setup proccess redefinition;
  • Config and Database files redefinition;
  • Fancybox plugin included into album and video galeries;
  • Bug fix in App -> Main() -> albus(), missed limit param in get_by_field() call;
  • Removed .gitignore from /media/banners;
  • Added 3 demo images to banners;
  • Meta tag with the scale fixed on the default template header.php view;
  • Setting up the full path public folder into the MY_Form_validator method to generate captcha;
  • Bug fix in the wpanel_helper -> wpn_activelink() segment param;
  • Updated Codeigniter base framework to version 3.2.0;

domingo, 4 de setembro de 2016

Eu sei, mas não devia

(Por Marina Colassanti)

Eu sei que a gente se acostuma.
Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.

A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.

Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

sábado, 3 de setembro de 2016

Já podemos voltar a trabalhar?

Bom, com tanta falação e postagens nas redes sociais sobre Dilma, PT, Temer etc, achei desnecessário ficar postando também, porém vejo cada postagem maluca (pró x contra) que tenho certeza que ninguém foi atrás pra conferir a veracidade dos fatos, coisa típica da cultura "facebookeana". Tem gente citando manchetes internacionais que não existem (ninguém leu essas notícias, principalmente se for em inglês), e gente inventando depoimentos fictícios e por aí vai.
Eu acho que a crise que está aí não começou hoje, e o PT tem sim culpa no cartório, assim como todos os outros partidos, e também acho que a Dilma sozinha não teria capacidade de 'arquitetar' tudo isso sozinha.
Não diria que foi golpe pois o processo de impeachment é um mecanismo legal, mas se houve ou não manipulação... bom, estamos no Brasil onde tudo é "jeitinho brasileiro"... outro dia um policial passou uma lixa na minha placa e acabei multado, e nem é pra ele que eu pago a multa então...
A questão principal é que do jeito que está não dá pra ficar, se o Temer não fazer por onde, a cabeça dele rola também, mas pra isso, todos nós brasileiros temos que acordar pra algumas coisas:
1 - Parar de compartilhar as coisas sem saber a veracidade;
2 - Parar de confiar no governo coisas que dependem da gente;
3 - Abandonar essa "inteligência coletiva" de Facebook que é tudo mentira. (Todo mundo mente no Facebook, inclusive você que marcou que tem 18 anos na hora de abrir sua conta mas na verdade tem 12 anos).
4 - Trabalhar e deixar de ser besta;
Amigo, o governo não está nem aí pra você, ele trabalha em causa própria, se você defende este ou aquele você não passa de "gado" no curral deles, não importa se é de direita ou de esquerda, se é socialista ou capitalista, eles estão lucrando milhões enquanto você está comendo arroz com ovo. Se for listar todas as maracutaias escreveríamos vários livros. Então quem é o otário, o político ou o outro? Acorda Zé.
Vamos todos estudar, nos formar, se aculturar de alguma forma, e não me venha falando de Funk, Bruna Surfistinha, Sertanejo ou Big Brother por que isso não é cultura e só derrete o pouco de cérebro que o brasileiro tem. Se aculturar é deixar de ser besta, só assim nosso país vai sair do buraco.
Agora dá pra gente parar de falar/postar sobre isso e voltar a trabalhar?
Obrigado.